No âmbito do debate do Plano e Orçamento dos Açores para 2020, Bárbara Chaves defendeu a importância dos Açorianos estarem no centro das medidas implementadas: “O desafio, está assim, em conseguir-se articular, gerir e desenvolver políticas e ações que levem ao reconhecimento da Região como Sustentável, em que o crescimento económico seja uma realidade, com as pessoas no centro da aplicação de politicas, dando aos fatores ambientais um carácter fundamental”.
A deputada do Grupo Parlamentar do PS/Açores elogiou “a opção de juntar a Energia, o Ambiente e o Turismo num único departamento governamental”, o que revelou, em 2016, a “visão progressista e sustentável” que o Governo dos Açores tem para a Região.
Sobre os resultados alcançados no setor do Turismo, Bárbara Chaves, destacou alguns indicadores positivos que “refletem o trabalho do Governo ao nível da promoção do destino, mas também o trabalho, o empenho e a dedicação das empresas do setor”. A título de exemplo, referiu: “Em 2016 registámos 1 Milhão e 900 mil dormidas nos Açores, hoje vamos em 2 milhões e meio de dormidas registadas, até setembro de 2019. Nos proveitos totais, em 2016, foram cerca de 70 milhões de euros, até setembro de 2019 temos já registados cerca de 90 milhões de euros”.
“Mas, nós ainda queremos mais!”, assegurou a parlamentar socialista, considerando que são importantes as ações constantes no Plano de Investimentos ao nível da promoção diferenciada do destino: “Existem ilhas que tem ainda capacidade para crescer, potencialidades para explorar melhor os seus nichos de mercado, para melhor conseguirem criar emprego, para melhor se desenvolverem”.
No entanto, Bárbara Chaves fez questão de realçar que o crescimento do Turismo deve estar articulado com a sustentabilidade da Região – “A candidatura da Região como Destino Turístico Sustentável é bem exemplo disso. E falar de Sustentabilidade é falar de futuro! Do Futuro que queremos para a nossa Região!”. Para a parlamentar, o trabalho em prol da sustentabilidade deve assentar em “três pilares fundamentais: a Sociedade, a Economia e o Ambiente”.
“A promoção do turismo de natureza, o apoio e a aposta nas provas desportivas praticadas ao ar livre, a criação de zonas de proteção que potenciam a prática do Turismo Subaquático ou a canalização de Fundos Comunitários para investimentos que contribuam para uma melhor oferta turística, são aspetos fundamentais que tem sido implementados na Região e que consideramos importantes porque contribuem para a Certificação da Região como Destino Turístico Sustentável”, acrescentou.
Bárbara Chaves destacou também o “arrojo” com que “o Governo dos Açores tem olhado para as questões associadas às Alterações do Clima”, sublinhando que o Plano para 2020 já inclui medidas do Plano Regional das Alterações Climáticas, aprovado “há escassos meses”. Entre essas medidas estão, por exemplo “a monitorização das bacias hidrográficas da Região, a monitorização da qualidade das águas interiores ou a revisão de POOC’s da Região”.
Para a deputada do PS/Açores é também “ambicioso” o programa que está a ser implementado nos Açores ao nível do setor energético e que tem medidas previstas no Plano para 2020, como “a instalação da Rede de Abastecimento Rápido de Veículos Elétricos em todas as ilhas, num total de 26 Postos” ou “a instalação de parque fotovoltaico de Santa Maria e do Corvo, que se juntarão a um conjunto de investimentos já realizados no setor”, aos quais acrescem investimentos privados que vão contribuir “para a diminuição da nossa fatura energética”.
“Mas também aqui, queremos mais”, assegurou a parlamentar referindo algumas das medidas a realizar pós-2020, tal como “a instalação de sistemas de armazenamento de energia por baterias, a instalação de Central Hidroelétrica sempre que seja possível ou ampliação das centrais eólicas e geotérmicas”
Consciente de que “em áreas tão dinâmicas como os setores da Energia, do Turismo e do Ambiente, nunca conseguiremos fazer tudo o que é preciso fazer”, Bárbara Chaves deixou uma garantia: “Haverá sempre mais para fazer, porque a ambição de uns Açores melhores não nos deixa quebrar; porque o querer fazer mais e melhor pelas nossas gentes, não nos deixa baixar os braços; porque o querer desenvolver, de um modo sustentável, sempre mais as nossas ilhas, não nos permitirá dizer nunca que está tudo feito e que o nosso trabalho está concluído.